Treinamento físico pode reduzir problemas cardíacos
Treinamento físico pode reduzir problemas cardíacos
As atividades físicas promovem melhor chegada do sangue ao coração e reduzem a dor no peito de origem cardíaca em portadores da disfunção microvascular coronária (DMC), além de aumentar a capacidade funcional, a qualidade de vida e complementar o tratamento com remédios, eficaz em apenas metade dos casos da doença, de acordo com pesquisa da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP. As atividades foram realizadas pelo fisioterapeuta Eduardo Elias Vieira de Carvalho e orientadas pelo professor Marcus Vinícius Simões. Realizado no Programa de Reabilitação Cardíaca do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP), o estudo foi coordenado pelo professor Lourenço Gallo Junior dentro do Laboratório de Fisiologia do Exercício da Divisão de Cardiologia da unidade. “O programa é dividido em quatro fases: a hospitalar (fase I), a ambulatorial supervisionada (fase II) em esteiras ergométricas e cicloergômetros, ambulatorial semi supervisionada (fase III) com caminhada na pista de atletismo no campus da USP em Ribeirão Preto, e fase não supervisionada (fase IV) feita em academias ou praças”, conta o fisioterapeuta. Ao todo, 19 pacientes participaram da segunda fase, que contou com acompanhamento médico cardiológico, fisioterapêutico e da equipe de enfermagem. Os pacientes treinaram durante quatro meses, uma hora por dia, três dias na semana. Em toda seção eram coletados pressão arterial, frequência cardíaca e glicose no sangue. Depois de 5 a 10 minutos de aquecimento, os pacientes faziam meia hora de esteira, com ritmo de acordo com os resultados do seu Teste Cardiopulmonar (TCP). Ao fim, faziam uma seção de relaxamento. “Ao final do período de treinamento, depois de novos exames e da aplicação de um questionário de qualidade de vida verificou-se uma melhora da capacidade funcional dos pacientes e a redução das dores e dos defeitos de perfusão miocárdica”, relata Carvalho. Efeitos Para a terceira fase, 12 dos 19 participantes iniciais continuaram na pesquisa, os outros 7 deixaram o programa assim que as dores no peito diminuíram. “Esta etapa do estudo comprovou o efeito benéfico da atividade física.”, ressalta o fisioterapeuta. Fonte: Agência USP
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